“NÃO A NÓS SENHOR, NÃO A NÓS, MAS AO TEU NOME DÁ GLÓRIA, POR AMOR DA TUA BENIGNIDADE E DA TUA VERDADE” (SALMO 115,1). Este pequeno espaço, visa divulgar para parentes e amigos a trajetória de amor de Bartolomeu e Kristiany, desde o seu primeiro encontro, até o final de suas vidas juntos, em nome de Jesus! Amém ! Além disso tem o propósito cristão de divulgar a santa doutrina da Igreja sobre casamento, santidade, e exemplos de casais e vidas santas.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Advento no Plano da Salvação
domingo, 20 de novembro de 2011
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo!
Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro - RJ
O último domingo do ano litúrgico, o XXXIV do Tempo Comum, nos traz de volta para a fonte e o ápice da nossa fé. Nós celebramos, na verdade, hoje, a Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Toda a liturgia da Palavra e a Liturgia da Eucaristia, que são os dois momentos essenciais da Missa, fazem-nos espiritualmente desfrutar deste grande tema de relevância teológica e moral para todo crente.
E é o apóstolo Paulo a compreender os aspectos essenciais do tema no texto da Primeira Epístola aos Coríntios (1Cor 15,20-26.28), que podemos ler e meditar hoje: "Irmãos, Cristo ressuscitou dentre os mortos, as primícias dos que morreram, porque, se por meio de um homem a morte veio até nós, também por meio de um homem veio a ressurreição dos mortos, e, como todos morrem em Adão, assim todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo, as primícias, depois na sua vinda aqueles que são de Cristo. Então virá o fim, quando Ele entregar o reino a Deus Pai, depois de reduzir a nada toda autoridade e todo poder. Pois Ele deve reinar até que tenha posto todos os inimigos debaixo dos seus pés. O último inimigo a ser destruído é a morte. E quando tudo tiver sido sujeito, Ele, o Filho, estará sujeito Àquele a que sujeitou todas as coisas, que Deus seja tudo em todos".
A recapitulação de todas as coisas em Cristo é a chave para o mistério da criação e da redenção do homem e da humanidade. Cristo é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim de tudo. Ele, que revelou o Pai e o Espírito Santo, é o mediador da única e eterna aliança entre Deus e a humanidade; é Ele o Redentor e Salvador, o Messias que veio e que devemos esperar novamente pela segunda e definitiva vinda à Terra para julgar os vivos e os mortos para a instauração do Reino definitivo e de sua realeza para sempre. O seu reinado no mundo já está se desenvolvendo na expectativa da realização plena. É a inicial fase da instauração do seu Reino, que, em sua plenitude, há de se manifestar no final da história. Um reino que é construído a cada dia através do trabalho daqueles que acreditam em Cristo e nos valores proclamados por Ele.
Lembra-nos, em poucas palavras, o Prefácio da Solenidade de hoje: “Fostes vós, ó Deus, que com óleo de alegria consagrastes Sacerdote eterno e Rei do Universo o vosso único Filho, Jesus Cristo, Nosso Senhor. Ele se sacrificou como vítima imaculada de paz sobre o altar da Cruz, atuou o mistério da redenção humana, sujeitando ao seu poder todas as criaturas, ofereceu a sua majestade infinita, o reino eterno e universal: reino de verdade e de vida, reino de santidade e de graça, reino de justiça, amor e paz".
Centra-se sobre estes valores o texto do Evangelho de Mateus (Mt 25,31-46), que percebemos como o do Juízo Final, que será expresso, sobretudo, em ordem à caridade e (o) ao amor concreto com o qual vivemos nossa existência terrena: "Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, recebei em herança o reino preparado para vós desde a fundação do mundo. Porque tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, eu era peregrino e recolhestes-me, nu e me vestistes, doente e visitastes-me, na prisão e fostes ver-me. Então os justos lhe perguntarão: 'Senhor, quando te vimos com fome e nós te alimentamos? com sede e te demos algo para beber? Quando te vimos peregrino e te acolhemos? sem roupa e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te? Em resposta, o rei dirá a eles: Em verdade eu vos digo: cada vez que fizestes isso a um desses meus irmãos mais pequeninos, fizestes a mim."
E é em cima da caridade que seremos julgados se somos dignos ou não de adentrar no Reino de Deus. Uma caridade vivida no dia-a-dia no serviço aos pobres e aos necessitados de toda espécie. A caridade que vem do coração e vai ao coração, que não faz cálculos ou conta o tempo e o espaço para servir a causa dos últimos e marginalizados.
Jesus nos ensina a entrar nesta dinâmica de amor e de experimentar este amor, porque a verdadeira grandeza do homem, sua verdadeira realeza, a nobreza, especialmente do coração e da mente, é precisamente este amor que se manifesta e sempre é capaz de doar-se. É como o Bom Pastor que vai em busca da ovelha perdida, que cuida do doente, que cuida de todas as ovelhas do seu rebanho, e se alguma está em falta não se resigna à sua perda, mas a busca com insistência. É a ação da graça de Deus agindo silenciosamente e de maneiras misteriosas para a conversão do coração e da vida daqueles que vivem em comunhão com Ele, consigo mesmo e com os outros.
E é impressionante o efeito cenográfico e visual do pastor trazido à nossa atenção por meio da passagem do profeta Ezequiel, que é a primeira leitura da Palavra de Deus hoje (Ez 34,11-12.15-17), na Solenidade de Cristo Rei: "Assim diz o Senhor Deus: ‘Eis que eu mesmo vou procurar as minhas ovelhas e vou cuidar delas. Como um pastor busca o seu rebanho, quando está entre as suas ovelhas que estavam dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares onde foram espalhadas, nos dias nublados e escuros. Eu mesmo conduzirei minhas ovelhas... Esse tema é repetido também no texto do salmo responsorial, tirado de Salmo 22: “O Senhor é meu pastor, nada me faltará, Ele me faz repousar em verdes pastos, guia-me mansamente em águas tranquilas”. Ele me leva por sendas direitas por amor do seu nome. Mesmo que eu ande pelo vale escuro, não temerei mal algum, porque ele estará comigo... e habitarei na casa do Senhor para sempre."
Com estes sentimentos no coração, podemos concluir o ano litúrgico e dar graças a Deus por todas as bênçãos espirituais que Ele nos deu neste ano, com a esperança de que tenhamos contribuido de modo substancial no caminho para a santidade. Porque cada ano que passa, seja esse litúrgico ou do calendário, é um processo lento, mas seguro, na aproximação final do ingresso definitivo do Reino de Deus. Ingresso que será sancionado com a nossa morte, o último inimigo a ser destruído por este Rei único e especial, humilde e generoso, que veio entre nós, viveu e morreu por nós e ressuscitou por nós.
terça-feira, 15 de novembro de 2011
Origem e significado do santo Rosário
Corria o ano da graça de 1214. Havia bastante tempo que o Languedoc, região meridional da França, vinha sendo assolado por uma infame e terrível heresia: a dos albigenses.
Convocada uma Cruzada para estancar o mal, o choque entre católicos e hereges não tardou a acontecer. E a terra da nobre nação francesa passou a ser o teatro de inúmeras e sangrentas batalhas em que católicos e albigenses disputavam o terreno palmo a palmo.
Porém, apesar de tanto sangue derramado, a heresia continuava a devastar as almas. Como mover o Céu a derrotá-la? Como obter de Deus uma vitória definitiva?
Dias de terrível aflição foram aqueles! Havia horas em que tudo parecia perdido, e a heresia triunfante tudo destruía, manchava e conspurcava.
Nesse estado de tribulação extrema da Cristandade, São Domingos, movido por inspiração divina, entra numa grande e densa floresta próxima de Toulouse (capital do Languedoc). Ali passa três dias e três noites em contínua oração e penitência, não cessando de gemer, de chorar e de se flagelar, implorando a Deus que tivesse pena de sua própria glória calcada aos pés pela heresia albigense.
Em conseqüência de tamanho ardor e esforço, acaba por cair semi-morto. E eis que então, Maria Santíssima, resplandecente de glória, lhe aparece.
A conversão dos albigenses por São Domingos
"A Santíssima Virgem, que estava acompanhada de três princesas do Céu, lhe disse: ‘Sabes tu, meu caro Domingos, de que arma a Santíssima Trindade se serviu para reformar o mundo?' - ‘Ó Senhora! respondeu ele, Vós o sabeis melhor do que eu, porque depois de vosso Filho Jesus Cristo fostes o principal instrumento de nossa salvação'. Ela continuou: ‘O instrumento principal dessa obra foi o Saltério angélico, que é o fundamento do Novo Testamento. Portanto, se queres ganhar para Deus esses corações endurecidos, reza meu Saltério'. O Santo levantou-se muito consolado e, abrasado de zelo pelo bem desses povos, entrou na catedral. No mesmo momento os sinos tocaram, pela intervenção dos Anjos, para reunir os habitantes. No início da pregação caiu uma espantosa tempestade. A terra tremeu, o sol se nublou, os trovões e relâmpagos redobrados fizeram estremecer e empalidecer todos os ouvintes. Seu terror aumentou ao verem uma imagem da Santíssima Virgem, exposta num lugar eminente, levantar três vezes os braços para o céu, para pedir ao Senhor vingança contra eles se não se convertessem e não recorressem à proteção da santa Mãe de Deus.
O Céu queria, por esses prodígios, estimular a nova devoção do santo Rosário e torná-la mais conhecida. A tormenta cessou, por fim, devido às orações de São Domingos. Ele continuou seu sermão e explicou com tanto fervor e entusiasmo a excelência do santo Rosário, que quase todos os tolosinos o adotaram, renunciando a seus erros. Em pouco tempo verificou-se uma grande mudança na vida e nos costumes da cidade."
Essa narrativa, de autoria do Bem-aventurado Alano de la Roche (1428-1475), no seu famoso livro Da dignidade do Saltério*, é conforme a uma sólida e venerável tradição, segundo a qual a pregação do Rosário foi recomendada pessoalmente por Nossa Senhora a São Domingos.
Apesar de, modernamente, a autenticidade desses fatos haver sido contestada por vários especialistas, que alegam a ausência de documentos contemporâneos que os atestem, a crítica histórica vem demonstrando o acerto de se considerar São Domingos - fundador da Ordem dos Pregadores (os dominicanos) - como o instituidor do Rosário, e a voz de numerosos Pontífices Romanos o confirmam.
Assim, a devoção do Rosário continua estreitamente vinculada a São Domingos, sem dúvida o seu primeiro grande propagador. Obtendo excelentes frutos, ele o pregou durante o resto de sua vida "não só pelo exemplo, como de viva voz, nas cidades e nos campos, diante dos grandes e dos pequenos, dos sábios e dos ignorantes, diante dos católicos e dos hereges" 58.
Alguns anos depois da morte de São Domingos, o costume da recitação do Rosário começ0u a cair pouco a pouco em desuso, por diversas causas. Um de seus filhos espirituais, o Bem-aventurado Alano de la Roche, no século XV, trabalhando incansavelmente na restauração dessa piedosa prática, conseguiu fazê-la reflorescer e difundir por todo o orbe católico.
Coroa de rosas
São Luís Maria Grignion de Montfort (1673-1716), grande apóstolo da verdadeira devoção à Santíssima Virgem, consagrou um de seus extraordinários escritos a enaltecer as excelências do Rosário. Trata-se de O segredo admirável do santíssimo Rosário para se converter e se salvar, em cujas páginas o Santo comenta a origem dessa prática de devoção, seu significado e suas maravilhas, reveladas pela própria Mãe de Deus.
As considerações apresentadas em seguida são extraídas da mencionada obra de São Luís Grignion a respeito do Rosário.
Depois que o Bem-aventurado Alano de la Roche renovou essa devoção ao Saltério de Maria, a voz popular, que é a voz de Deus, conferiu-lhe o nome de Rosário, que significa "coroa de rosas". Quer dizer que todas as vezes que alguém reza, de modo conveniente, seu Rosário, deposita sobre a cabeça de Jesus e de Maria uma coroa formada de 153 rosas brancas e 16 rosas vermelhas do Paraíso, as quais nunca perderão sua beleza ou seu brilho. A Santíssima Virgem aprovou e confirmou esse nome de Rosário, revelando a vários devotos seus que eles Lhe apresentariam tantas e agradáveis rosas quantas Ave-Marias recitassem em sua honra; e tantas coroas de rosas quantos fossem os Rosários por eles rezados.
O Irmão Afonso Rodrigues, da Companhia de Jesus, recitava seu Rosário com tanto fervor que se via, com freqüência, a cada Pai-Nosso, sair de sua boca uma rosa vermelha, e a cada Ave-Maria uma branca, igual em beleza e em bom odor.
As crônicas de São Francisco narram que um jovem religioso tinha o louvável costume de rezar todos os dias, antes da refeição, a coroa da Santíssima Virgem. Um dia, não sei por que imprevisto, deixou de fazê-lo. Tendo soado a hora do jantar, pediu a seu superior a permissão para recitá-la antes de se dirigir à mesa. Com esta licença, recolheu-se em seu quarto. Porém, como demorasse em retornar, o superior enviou um religioso para chamá-lo.
Esse religioso o encontrou no seu quarto, todo resplandecente de celeste luminosidade, e a Santíssima Virgem e dois anjos junto dele. À medida que ele dizia uma Ave-Maria, uma bela rosa saía de sua boca; os anjos recolhiam as rosas, uma após outra, e as colocavam sobre a cabeça da Santíssima Virgem, que manifestava sua alegria com tais adornos. Dois outros religiosos, enviados para ver a causa da demora dos primeiros, presenciaram todo esse mistério, e Nossa Senhora só desapareceu quando a coroa foi inteiramente recitada.
O Rosário é, pois, uma grande coroa, e o Terço [a terça parte do Rosário] é um pequeno chapéu de flores ou um diadema de rosas celestes que se deposita sobre a cabeça de Jesus e de Maria. Assim como a rosa é a rainha das flores, assim também o Rosário é a rosa e o primeiro dos atos de piedade.
FONTE:http://www.acnsf.org.br/article/7633/Origem-e-significado-do-santo-Rosario.html
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
04 de Agosto - dia do Padre
Por Kristiany e Bartolomeu
Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec. (Hb 7,17)
Certamente esta afirmação bíblica dignifica sobremaneira a condição do sacerdote católico, colando-o na linhagem direta e na cooperação singular do Único Sacerdócio de Cristo.
Entretanto, isto não nos impede de ver no sacerdote um homem, dotado de todas as limitações, cabendo também singularmente a este as palavras de São Paulo: "Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder extraordinário provém de Deus e não de nós. " (II Cor 4,7).
De forma semelhante a Cristo que sendo de condição divina assumiu a condição humana, o sacerdote sendo de condição humana abraça de forma única as realidades divinas. Parece que é sob essa perspectiva que devemos entender o desejo de Deus de não transformar os sacerdotes em anjos, mas à semelhança do Seu Filho, fazer com que estes homens unam a natureza de Deus à decaída natureza humana, principalmente por meio de suas ações sacramentais. Neste sentido são comoventes e esclarecedoras as palavras do Beato John Henry Newman, quando escreve:
“Se vossos sacerdotes fossem anjos, meus irmãos, eles não poderiam compartilhar convosco a dor, sintonizar convosco, não poderiam ter compaixão de vós, sentir ternura por vós e ser indulgentes convosco, como nós podemos; eles não poderiam ser nem modelos nem guias, e não teriam te levado do teu homem velho à vida nova, como eles, que vêm do nosso meio”.
É somente compreendendo esta maravilhosa realidade presente na vida do sacerdote que podemos de fato atentar ao apelo do Papa Bento XVI: "Amem seus bispos, amem seus padres: apesar de suas fraquezas, são uma presença apreciada na vida".
Amemos, pois os nossos sacerdotes, vendo o divino naquilo que é humano, em outras palavras, vendo Cristo Deus em um homem mortal.
Que o Deus Uno e Trino abençoe a todos os Seus sacerdotes do mundo inteiro. Amém !
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Festa de Nossa Senhora dos Anjos
A data de 02 de agosto para celebrar Nossa Senhora dos Anjos foi determinada por ter sido o dia em que São Francisco ali recebeu a indulgência do Dia do Perdão, que ano mais tarde veio a ser celebrado pela Igreja toda por decreto do Papa Pio XII.
vós que desde o princípio recebestes de Deus o poder e a missão de esmagar a cabeça de satanás, humildemente vos rogamos que envieis as legiões celestes,
para que, às vossas ordens, persigam os infernais espíritos, combatendo-os por toda parte, confundam a sua audácia e os precipitem no abismo.
Amém!
Nossa Senhora dos Anjos, rainha dos Frades Menores, Rogai por nós que recorremos a vós.
fonte : ofmConv. RJ
domingo, 3 de julho de 2011
Solenidade de São Pedro e São Paulo
“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”.
Meus queridos Irmãos,
A Igreja celebrou no dia 29 de junho, a festa das duas colunas da Igreja: São Pedro e São Paulo. Pedro: Simão responde pela fé dos seus irmãos (cf. Evangelho de Mateus 16,13-19). Por isso, Jesus lhe dá o nome de Pedro, que significa sua vocação de ser “pedra”, rocha, para que o Senhor edifique sobre ele a comunidade daqueles que aderem a ele na fé. Pedro deverá dar firmeza aos seus irmãos (cf. Lc 22,32). Esta “nomeação” vai acompanhada de uma promessa infalível: as “portas” (que correspondem à cidade, reino) do inferno (o poder do mal, da morte) não poderão nada contra a Santa Igreja de Cristo, que é uma realização do “Reino do Céu” (de Deus). A libertação da prisão ilustra esta promessa na primeira Leitura. Cristo lhe confia também “o poder das chaves”, ou seja, o serviço de “mordomo” ou administrador de sua casa, de sua família, de sua comunidade ou cidade. Na medida em que a Igreja é a realização, provisória, parcial, do Reino de Deus, Pedro e seus sucessores, os Papas, são administradores dessa parcela do Reino de Deus. Eles têm a última responsabilidade do serviço pastoral. Pedro, sendo aquele que responde “pelos Doze”, administra ou governa as responsabilidades da evangelização. E recebe, ainda, o poder de ligar e de desligar, o poder de decisão, de obrigar ou deixar livre. Não se trata de um poder ilimitado, mas da responsabilidade pastoral, que concerne à orientação dos fiéis para a vida em Deus, no caminho de Cristo.
Paulo aparece mais na qualidade de fundador carismático da Igreja. Sua vocação se dá na visão de Nosso Senhor Jesus Cristo no caminho de Damasco: de perseguidor, transforma-se em mensageiro de Cristo, “apóstolo”, grande pedagogo da missão e da vida do Senhor. É Paulo que realiza, por excelência, a missão dos apóstolos de serem testemunhas do Ressuscitado até os confins da terra. As cartas a Timóteo, escritas da prisão de Roma, são a prova disso, pois Roma é a capital do mundo, o trampolim para o Evangelho se espalhar por todo o mundo civilizado daquele tempo. São Paulo é o apóstolo das nações. No fim da sua vida, pode oferecer uma vida como oferenda adequada a Deus, assim como ele ensinou. Como Pedro, Paulo experimentou Deus como Aquele que nos liberta da tribulação.
Pedro foi crucificado de cabeça para baixo. Os artistas da iconografia católica colocaram as chaves da Igreja em sua mão, para distinguir o seu encargo de possuidor das chaves da salvação. Paulo foi morto decapitado por ser cidadão romano, o que o impedia de ser crucificado. Os artistas da iconografia católica lhe põem sempre na mão uma espada, além de um livro, para simbolizar as várias epístolas teológicas que legou para a Igreja de Cristo.
Por isso o Evangelho nos fala da confissão de fé de Pedro e a promessa de Jesus para seu futuro. Jesus apelidara Simão de Cefas, que, em aramaico, significa "pedra". O apelido pegara a ponto de todos o chamarem de Simão Pedro ou simplesmente de Pedro. Pedro assim será o fundamento da Igreja, do novo Povo de Deus. A pedra na Bíblia significava e significa a segurança, a solidez e a estabilidade, como régio és meu penedo de salvação. Mas Jesus sabia que, sendo criatura humana, Pedro, por mais fiel que Lhe fosse, seria sempre uma criatura fraca. Por isso, se faz de Pedro o fundamento, reserva para si todo o peso e todo o equilíbrio da construção e sem a qual o inteiro edifício viria abaixo.
O simbolismo das chaves é claro. A chave abre e fecha. Possuir a chave significa garantia, propriedade, poder de administrar. Isaías tem uma profecia sobre a derrubada do administrador. Sobna e sua substituição pelo obscuro empregado Eliaquim. Põe na boca de Deus estas palavras: “Colocarei as chaves da casa de Davi sobre seus ombros: ele abrirá e ninguém fechará, ele fechará e ninguém abrirá”(cf. Is 22,22). O texto aproxima-se muito à promessa de Jesus, até mesmo na escolha de um humilde pescador para administrar a nova casa de Deus. Assim como Eliaquim não se tornou o dono da casa de Davi, também Pedro não será o dono da nova comunidade. O dono continuará sempre sendo o próprio Deus. Em linguagem jurídica, diríamos que Pedro tornou-se o fiduciário de Cristo. O binômio ligar-desligar repete o abrir-fechar das chaves. Pedro recebe o direito e a obrigação de decidir sobre a autenticidade da doutrina e comportamento dos cristãos diante dos ensinamentos de Jesus. Esta missão de todos os Papas, sucessores de Pedro, que bem podem ser definidos como os guardiões da verdade e da caridade. Celebrar São Pedro, para os cristãos, é também celebrar o Papa.
Pedro e Paulo representam duas dimensões da vocação apostólica, diferentes, mas complementares. As duas foram necessárias, para que pudéssemos comemorar hoje os fundadores da Igreja Universal. Esta complementaridade dos carismas de Pedro e Paulo continua atual na Igreja de Cristo hoje: a responsabilidade institucional e criatividade missionária, responsabilidade de todos nós!
Rezemos, pois, pelo nosso Santo Padre Bento XVI que para fiel a missão de ter o serviço da caridade de dirigir a Igreja de Cristo nos interpele para seguirmos a missão de Pedro e de Paulo para sermos testemunhas de Cristo no mundo. Amém!
Padre Wagner Augusto Portugal
Vigário Judicial da Campanha(MG)
sábado, 2 de julho de 2011
Festa do Imaculado Coração de Maria
Embora a devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria remontem aos Santos Padres da idade média, foi São João Eudes (1601-1680) foi o grande promotor do culto litúrigco que se devia tornar em devoção e patrimônio dos fiéis. A festa do Imaculado Coração tornou-se pública a partir de 1648 entrando assim na liturgia comun, e a partir daí, muitos bispos autorizaram nas próprias dioceses o culto ao coração de Maria.
Porém, foi a partir das aparições em Fátima que esta devoção verdadeiramente tomou uma grande força, visto ter sido um pedido expresso de Nossa Senhora para toda a Igreja.
Foi no dia 13 de junho de 1917 em Fátima, que a Santíssima Virgem Maria apresentou aos três pastorinhos o seu Sacratíssimo Coração, circundado por espinhos, pedindo repação para tal agravo e pronunciando estas palavras: “Jesus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração.”
...Vistes o inferno, para onde vãos as pobres almas dos pecadores...
-Para as salvar, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração.
Foi no dia 04 de maio do ano de 1944 que o Venerável Servo de Deus, Papa Pio XII, ordenou que a festa do Imaculado Coração de Maria fosse observada em toda a Igreja, em vista da sempre amorosa e necessária intercessão de Nossa Senhora.
Em meados do ano de 1946 o Venerável Pio XII congrada todo o gênero humano ao Imaculado Coração de Maria. E no dia 25 de março de 1984, então Papa João Paulo II realizou na Basílica de São Pedro, acompanhado por uma multidão de mais de 150 mil peregrinos e diante da imagem da Virgem peregrina de Fátima, vinda de Portugal, proferiu a solene consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria em união espiritual com os bispos do mundo inteiro.
Nas aparições da Virgem Maria á Irmã Lucia, na Espanha ela pede reparação pelas ofensas, rezar pela conversão dos pecadores, confessando, comungando, e recitando o Santo Terço ao longo de cinco meses seguidos e sempre no primeiro sábado do mês.
O Santo Padre, o Papa Bento XVI, assim nos exorta sobre a devoção: “Vemos que o coração de Maria é visitado pela graça do Pai, é penetrado pela força do Espírito e impulsionado interiormente pelo filho; isto é vemos um coração humano perfeitamente introduzido no dinamismo da Santissima Trindade.”
Que o Imaculado Coração de Maria seja nosso seguro refúgio. Amém !
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Festa do Sagrado Coração de Jesus
Os Santos Padres muitas vezes falaram do Coração de Cristo como símbolo de seu amor, tomando-o da Escritura: "Beberemos da água que brotaria de seu Coração....quando saiu sangue e água" (Jo 7,37; 19,35).
Na Idade Média começaram a considera-lo como modelo de nosso amor, paciente por nossos pecados, a quem devemos reparar entregando-lhe nosso coração (santas Lutgarda, Matilde, Gertrudes a Grande,Margarita de Cortona, Angela de Foligno, São Boaventura, etc.).
No século XVII estava muito expandida esta devoção. São João Eudes, já em 1670, introduziu a primeira festa pública do Sagrado Coração.
Em 1673, Santa Margarida Maria de Alocoque começou a ter uma série de revelações que a levaram à santidade e ao impulso de formar uma equipe de apóstolos desta devoção. Com seu zelo conseguiram um enorme impacto na Igreja.
Foram divulgados inúmeros livros e imagens. As associações do Sagrado Coração subiram em um século, desde meados do XVIII, de 1000 a 100.000. umas vinte congregações religiosas e vários institutos seculares foram fundados para estender seu culto de mil formas.
O apostolado da Oração, que pretende conseguir nossa santificação pessoal e a salvação do mundo mediante esta devoção, contava já em 1917 com 20 milhões de associados. E em 1960 chegava ao dobro em todo o mundo, passando de um milhão na Espanha; suas 200 revistas tinham 15 milhões de inscrições. A maior instituição de todo o mundo.
A Oposição a este culto sempre foi grande, sobretudo no século XVIII por parte dos jansenistas, e recebeu um forte golpe com a supressão da Companhia de Jesus (1773).
Na Espanha foram proibidos os livros sobre o Sagrado Coração. O imperador da Áustria deu ordem que desaparecessem suas imagens de todas as Igrejas e capelas. Nos seminários era ensinado: "a festa do Sagrado Coração provocou um grave mancha sobre a religião".
A Europa oficial rejeitou o Coração de Cristo e em seguida foi assolada pelos horrores da Revolução francesa e das guerras napoleônicas. Mas depois da purificação, ressurgiu de novo com mais força que nunca.
Em 1856 Pio IX estendeu sua festa a toda a Igreja. Em 1899 Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus (o Equador tinha se consagrado em 1874).
E a Espanha em 1919, em 30 de maio, também se consagrou publicamente ao Sagrado Coração no Monte dos Anjos. Onde foi gravado, sob a estátua de Cristo, aquela promessa que fez ao pai Bernardo de Hoyos, S. J., em 14 de maio de 1733, mostrando-lhe seu Coração, em Valladolid (Santuário da Grande Promessa), e dizendo-lhe: "Reinarei na Espanha com mais Veneração que em muitas outras partes" (Até então a América também era Espanha).
fonte:http://www.acidigital.com/fiestas/sagrado/historia.htm
terça-feira, 28 de junho de 2011
Sessenta anos de Ordenação Sacerdotal do Papa Bento XVI
Desejaste então contituí-lo como Apóstolo para melhor Te servir. Fazendo-o fiel colaborador do Teu outro servo, o Beato João Paulo II.
Mas Tu pediste a ele muito mais, chamando-o ao ministério petrino, e confiando a este "humilde servo", os Teus filhos, as Tuas ovelhas.
E é por este Teu servo que hoje te pedimos Senhor. Para que o mantenha firme no caminho que Tu mesmo o deste. Para que ele seja sempre fiel aos Teus ensinamentos e perfeito adorador do Deus Uno e Trino. Amém.
Obrigado Senhor pelo nosso Papa Bento XVI!
Vida longa ao Papa !
sábado, 25 de junho de 2011
Cantiga de Matrimônio - Pe. Zezinho
Eu te agradeço tanto
Por esse amor bonito
Que entrou na minha vida
Entrou e foi ficando e me envolveu
Me trouxe um novo encanto,
Mostrou-me o infinito
E aquela dor doída,
A dor da solidão não mais doeu.
Eu disse aonde eu ia,
Contei-te os sonhos meus
Dissestes que era teu o meu caminho
Encheste a minha vida de carinho
Dissestes que também buscavas Deus.
Eu te agradeço tanto
Por este matrimônio
Que se tornou meu sonho
Que é muito mais bonito que eu pensei
É grande, é puro, é santo
É cheio de lembranças
É feito de esperanças,
Te amo e pra sempre te amarei
Eu juro neste altar
Que venha o que vier em nossos dias
Por entre mil tristezas e alegrias
Para sempre, sempre vou te amar
O significado do Matrimônio
quarta-feira, 11 de maio de 2011
A arrogância de um judiciário que esnoba a sociedade.
domingo, 24 de abril de 2011
PÁSCOA DA RESSURREIÇÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO (Papa Bento XVI)
Amados irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro!
A manhã de Páscoa trouxe-nos este anúncio antigo e sempre novo: Cristo ressuscitou! O eco deste acontecimento, que partiu de Jerusalém há vinte séculos, continua a ressoar na Igreja, que traz viva no coração a fé vibrante de Maria, a Mãe de Jesus, a fé de Madalena e das primeiras mulheres que viram o sepulcro vazio, a fé de Pedro e dos outros Apóstolos.
Até hoje – mesmo na nossa era de comunicações supertecnológicas – a fé dos cristãos assenta naquele anúncio, no testemunho daquelas irmãs e daqueles irmãos que viram, primeiro, a pedra removida e o túmulo vazio e, depois, os misteriosos mensageiros que atestavam que Jesus, o Crucificado, ressuscitara; em seguida, o Mestre e Senhor em pessoa, vivo e palpável, apareceu a Maria de Magdala, aos dois discípulos de Emaús e, finalmente, aos onze, reunidos no Cenáculo (cf. Mc 16, 9-14).
A ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística: é um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével. A luz, que encandeou os guardas de sentinela ao sepulcro de Jesus, atravessou o tempo e o espaço. É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem.
Tal como os raios do sol, na primavera, fazem brotar e desabrochar os rebentos nos ramos das árvores, assim também a irradiação que dimana da Ressurreição de Cristo dá força e significado a cada esperança humana, a cada expectativa, desejo, projeto. Por isso, hoje, o universo inteiro se alegra, implicado na primavera da humanidade, que se faz intérprete do tácito hino de louvor da criação. O aleluia pascal, que ressoa na Igreja peregrina no mundo, exprime a exultação silenciosa do universo e sobretudo o anseio de cada alma humana aberta sinceramente a Deus, mais ainda, agradecida pela sua infinita bondade, beleza e verdade.
Possa alegrar-se aquela Terra que, primeiro, foi inundada pela luz do Ressuscitado. O fulgor de Cristo chegue também aos povos do Médio Oriente para que a luz da paz e da dignidade humana vença as trevas da divisão, do ódio e das violências. Na Líbia, que as armas cedam o lugar à diplomacia e ao diálogo e se favoreça, na situação atual de conflito, o acesso das ajudas humanitárias a quantos sofrem as consequências da luta. Nos países da África do Norte e do Oriente Médio, que todos os cidadãos – e de modo particular os jovens – se esforcem por promover o bem comum e construir um sociedade, onde a pobreza seja vencida e cada decisão política seja inspirada pelo respeito da pessoa humana. A tantos prófugos e aos refugiados, que provêm de diversos países africanos e se vêem forçados a deixar os afetos dos seus entes mais queridos, chegue a solidariedade de todos; os homens de boa vontade sintam-se inspirados a abrir o coração ao acolhimento, para se torne possível, de maneira solidária e concorde, acudir às necessidades prementes de tantos irmãos; a quantos se prodigalizam com generosos esforços e dão exemplares testemunhos nesta linha chegue o nosso conforto e apreço.
Possa recompor-se a convivência civil entre as populações da Costa do Marfim, onde é urgente empreender um caminho de reconciliação e perdão, para curar as feridas profundas causadas pelas recentes violências. Possa encontrar consolação e esperança a terra do Japão, enquanto enfrenta as dramáticas consequências do recente terremoto, e demais países que, nos meses passados, foram provados por calamidades naturais que semearam sofrimento e angústia.
Alegrem-se os céus e a terra pelo testemunho de quantos sofrem contrariedades ou mesmo perseguições pela sua fé no Senhor Jesus. O anúncio da sua ressurreição vitoriosa neles infunda coragem e confiança.
Queridos irmãos e irmãs! Cristo ressuscitado caminha à nossa frente para os novos céus e a nova terra (cf. Ap 21, 1), onde finalmente viveremos todos como uma única família, filhos do mesmo Pai. Ele está connosco até ao fim dos tempos. Sigamos as suas pegadas, neste mundo ferido, cantando o aleluia. No nosso coração, há alegria e sofrimento; na nossa face, sorrisos e lágrimas. A nossa realidade terrena é assim. Mas Cristo ressuscitou, está vivo e caminha connosco. Por isso, cantamos e caminhamos, fiéis ao nosso compromisso neste mundo, com o olhar voltado para o Céu.